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A VERDADE VOS FARÁ LIVRE

A reflexão necessária promovida pela Mangueira no Carnaval de 2020


Opinião | Texto de Raphael Castilho

Foto: Gabriel Nascimento/Riotur
Foto: Gabriel Nascimento/Riotur

Depois de revisar a história do Brasil em 2019, desmascarando figurões e creditando aqueles que realmente merecem, a Mangueira apresentou em 2020 uma nova reflexão: como seria se Jesus voltasse para o convívio dos homens, nos tempos atuais?

A verde e rosa relembrou na avenida que Jesus nasceu pobre e que sua pele nunca foi branca. Que ele andou com aqueles que a sociedade virou as costas, que condenou o comércio da fé e que, acima de tudo, pregou o amor e a tolerância.

Mas, como dizia o samba-enredo, será que todo o povo entendeu o seu recado? Certamente que não. Hoje, a fé e a religião são utilizadas como um instrumento que justifica preconceitos e censura a liberdade.

Leandro Vieira, o carnavalesco da agremiação e campeão do ano passado, reflete que se Jesus voltasse a Terra, seria da mesma forma: vivendo com os oprimidos e com os marginalizados. Talvez morresse com a mesma idade, 33 anos, visto a baixa expectativa de vida das pessoas pobres que nascem e crescem nas comunidades.

O samba, quase uma reza pela força que ele tem, crava que A ESPERANÇA BRILHA MAIS NA ESCURIDÃO. Uma mensagem importante nesse tempo sombrio que vive o Brasil, mergulhado no neofascismo e no fundamentalismo religioso.

A Mangueira criticou os profetas da intolerância que exploram a boa vontade alheia e promovem o comércio da fé. Alfinetou aqueles que comungam, hipocritamente, todos os domingos, mas que apoiam um torturador armamentista durante as eleições e acreditam que "bandido bom é bandido morto". Pediu mais amor e menos ódio, porque é amando e tolerando que realmente se segue os preceitos divinos.

“Favela, pega a visão, não tem futuro sem partilha e nem Messias de arma na mão!"

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© 2019 por Por Outro Olhar. Programa de Extensão da UFSJ

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